Entrámos em Setembro e para muitos terminam as férias e começa um novo período de trabalho. É o regresso à actividade, com toda a sua exigência de planeamento e reorganização. Virgem é o signo deste período, que o Sol já percorre desde 22 de Agosto, onde Marte também entrou no dia 5 e Mercúrio no dia 10. Vénus também ingressará em Virgem no dia 20, mesmo na altura da Lua Nova, o que fará com que nesse dia se concentrem 5 planetas neste signo! Não é um evento raro, mas coloca um ênfase pronunciado nos temas de Virgem: a organização material e mental, a eficiência, a practicidade, o pormenor e o detalhe, o serviço e a humildade.
Um dos grandes desafios de Virgem, prende-se com a sua grande necessidade de controlo, quer do seu meio-ambiente, quer da sua realidade interna. A busca pela máxima eficiência e pela perfeição, leva muitas vezes a um imenso despender de energia na examinação de todos os cenários possíveis e na articulação prévia de respostas e soluções para todas as eventualidades com que se possa deparar. Na perspectiva de Virgem (e não me refiro especificamente a quem é Virgem de signo, uma vez que todos temos focos de consciência em várias perspectivas) o ideal de realidade seria algo como se a vida fosse um gigantesco mecanismo, cujo funcionamento fosse absolutamente conhecido, programável, antecipável e gerível, sempre alinhado com um ideal de eficaz perfeição. Ora sabemos que a vida não é assim, e o polo contrário no zodíaco, o signo de Peixes, mostra-nos a perspectiva oposta, caracterizada pelo caos criativo e pela poesia da indeterminação, privilegiando a contemplação à actividade utilitária de Virgem.
Assim, nesta altura em que tantos planetas convergem para Virgem, é natural investirmos muita energia em controlo, planeamento e prevenção, mas… pois é… mas não, as coisas não vão seguir certinhas como um relógio suíço, por mais preparação e esforço de antecipação que façamos.
No seu percurso por Virgem, Sol, Mercúrio, Marte e Vénus, irão primeiro encontrar Neptuno em oposição, depois Plutão em trígono e finalmente Saturno em quadratura. Ou seja, primeiro o caos: o que era previsível deixa de o ser, a lógica perde a validade, o caminho a seguir fica confuso, a desordem ameaça instalar-se. Mas esta dissolução das expectativas projectadas abre caminho à transformação, dando-nos a oportunidade de operar cortes, mudanças profundas, limpezas necessárias. É uma destruição que deixa o terreno fértil para uma reconstrução, que não se adivinha fácil, mas que poderá devolver-nos mais estrutura, consistência e segurança a longo prazo. O Sol avança por este processo desde o dia 1, fazendo oposição a Neptuno no dia 5 (caos), o trígono a Plutão no dia 9 (transformação) e a quadratura a Saturno no dia 14 (reconstrução). Depois é a vez de Mercúrio, Marte e Vénus repetirem o processo entre o dia 20 deste mês e 10 de Outubro. Parece assim que em torno do dia 20, altura da Lua Nova em Virgem, poderemos experimentar algum clímax destes processos, que nos poderá permitir arrancar já com alguma base para os desafios seguintes. No dia 28, Júpiter opõe-se a Úrano, marcando o pico de uma fase de crescente contestação dos poderes instituídos e da busca por novos valores e ideais. No mesmo dia Plutão vira directo, o que também nos mostra que a dura realidade se apresentará bem clara, desafiando a utopia a ser consequente. Terminamos assim o mês com o Sol já em Balança, desde o dia 22, trazendo para primeiro plano os temas das inter-relações pessoais, da cooperação e da diplomacia. Possamos nós sintonizar esta perspectiva de harmonização, para trazer equilíbrio e abrir o diálogo, depois da passagem da nuvem nervosa e stressante que paira sobre este mês. Um excelente mês de Setembro!
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May 2018
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