
No dia 11 Mercúrio entrará em Capricórnio, para se encontrar logo de imediato com Saturno, no dia 13: eficiência e competência serão as ferramentas necessárias para progredir e levar a bom porto os projectos que temos em mãos.
Mas antes, no dia 9, temos uma poderosa conjunção de Sol, Vénus e Plutão, que parece indicadora de uma transformação que resgata e empodera o feminino. E, em perfeita sincronia, tivemos no dia 8 a cerimonia de entrega dos Globos de Ouro, repleta de Vénus vestidas de negro (Plutão), em que Oprah, no seu épico discurso de aceitação do prémio de carreira, fala de “um novo dia que se levanta no horizonte” em relação à cultura de abuso e submissão do feminino, que, nas suas palavras, tem o fim à vista perante a força do movimento que se tem gerado em torno desta causa. Este momento é assim uma oportunidade para caminhar para o equilíbrio entre masculino e feminino, através da catarse que o confronto com a nua verdade nos pode trazer. Resta não inquinarmos esta possibilidade com manipulações, fundamentalismos e bodes-expiatórios.

Mas antes de findar, Janeiro reserva para o último dia um acontecimento importante: um eclipse lunar total. Este eclipse corresponde à Lua cheia de Leão (dá-se nos 11º deste signo) e acontece pela 1h e meia da tarde de Lisboa, logo não sendo de todo visível nem em Portugal, nem no Brasil. A ocultação da Lua será sim total vista do Pacifico, podendo-nos inspirar a ideia de que alguma revelação ou desenvolvimento nas tensões com a Coreia do Norte seja provável. De qualquer forma, este eclipse em Leão, convoca para o palco os temas da liderança e do exercício do poder face ao grupo e à comunidade, expondo muitas vezes a realidade que se esconde por detrás da máscara. Um bom exemplo disso é o lançamento do livro “Fire and Fury” de Michael Wolff, sobre os bastidores da Casa Branca de Trump, que se deu bem dentro da orbe deste eclipse. Talvez possamos ainda assistir a outras revelações semelhantes.
No plano mais pessoal, este eclipse é um bom momento para nos confrontarmos com a nossa dinâmica de poder pessoal, de forma realista e sem subterfúgios. Colocando a questão nos extremos:
- até que ponto a projecção do meu poder pessoal sobre outros que me dominam, não serve a necessidade de me desresponsabilizar pela criação da minha realidade?
- até que ponto o exercício dominador da minha vontade sobre os outros não esconde a necessidade de ser reconhecido e validado na minha identidade?
Estas podem ser algumas das muitas reflexões que este mês nos convida a fazer, na entrada de um novo ano que promete ser extraordinário.
Desejo-lhe as melhores felicidades para 2018, começando desde já, com um óptimo Janeiro!