A retrogradação de um planeta faz parte do seu ciclo natural e assim, numa perspectiva de alinhamento com os ritmos da natureza, parece-me ser adequado comparar este ritmo do movimento dos planetas à cadência da respiração: inspiração e expiração – sendo a inspiração a direcção retrógrada e a expiração a directa. Desta forma podemos entender melhor que, nas alturas de retrogradação dos planetas, a sua expressão é interiorizadora e reflexiva, convidando-nos a repensar, reavaliar, retomar algo que foi descontinuado, fazer balanços ou simplesmente contemplar resultados de acções passadas.
Mas se este processo é tão natural, porque encontramos tantas dificuldades nos períodos de retrogradação dos planetas? Eu diria que tal se deve ao facto de vivermos numa sociedade essencialmente exteriorizadora, que se inclina muito mais para a acção e realização externas, em detrimento da reflexão e da contemplação interior. Se estamos focados no fazer, na produção, nos resultados exteriores, então naturalmente, quando chega o momento da retrogradação, tudo parece mais difícil, surgem obstáculos sistematicamente, o que estava planeado e definido altera-se inesperadamente. Tal não tem que ser um drama se percebermos que chegou a altura de desacelerar e inspirar.
É natural queremos que o nosso barco siga em frente a todo o gás, soprando vigorosamente nas velas, mas em alguma altura teremos que inspirar para recuperar o fôlego!
Estou neste momento a preparar um webinário sobre este grande evento – para o qual se pode inscrever AQUI – que irá realizar-se no dia 17, às 21h, onde darei informação especifica que poderá ser adaptada ao mapa de cada um (o mapa natal com a Cruz está incluído na inscrição).

Mas além da Grande Cruz, temos este mês outros eventos a destacar. Desde logo uma outra configuração possante: o Grande Trígono de Terra – do qual já havia falado no relatório do mês passado, e que em torno do dia 6 estará no seu auge, com a Lua Nova de Touro. Este alinhamento bastante fluido e harmonioso, que se dá em signos de materialização, beneficia a realização prática e concreta. Isto se conseguirmos descolar da gravidade da inércia, que nestes dias se faz sentir. A quantidade de planetas retrógrados também reforça a necessidade de maior disciplina e critério na gestão das nossas energias.
Júpiter ficará directo no dia 9, ajudando a dissipar alguma claustrofobia reinante, expandindo o nosso horizonte de possibilidades. Mais para o final do mês, no dia 22, é a vez de Mercúrio avançar directo, o que imprimirá claramente um novo ritmo, mais acelerado. Para isso contribuirá bastante a entrada do Sol em Gémeos no dia 20, trazendo muito mais elemento Ar, ou seja, circulação, comunicação, versatilidade, curiosidade, experimentação.
A Lua Cheia, que se dá também nessa altura, mais precisamente no dia 21, despertará toda uma nova dinâmica mais expansiva, sedenta de aventura e novidade, pondo em marcha o carrossel da Grande Cruz.
Estes são tempos de grande desafio, mas também de grandes oportunidades!
Neste Carrossel da Vida, todos temos bilhete para a viagem. Que possamos desfrutar dela da melhor maneira!
Um excelente mês de Maio!